Como já é de conhecimento geral, o recall da fabricante de air bags Takata é o maior da história da indústria automotiva mundial e está em vigor desde 2008. Este recall envolve, entre 70 e 100 milhões de produtos dependendo da fonte de dados, com um custo final é estimado em 20 bilhões de dólares. Só no Brasil, 14
montadoras já convocaram os proprietários dos veículos por elas fabricados para
substituição dos equipamentos defeituosos.
No nosso país, até o momento, já foram registrados 39 casos de explosão dos air bags com, pelo menos,15 pessoas mortas pelos fragmentos metálicos decorrentes da explosão desses equipamentos, sendo mais de 320 feridos no mundo.
Quando a situação já parecia estar sob controle depois de 26 anos, foi publicada uma reportagem no site Motor Show do dia primeiro de junho, sobre um alerta da
montadora japonesa Nissan, “referente aos modelos fabricados entre 2002 e 2006
equipados com airbags Takata, que podem estar com defeito, e pediu aos
proprietários que não usem os veículos até a substituição do equipamento”.
Os modelos envolvidos nesta alerta do NHTSA (National Highway Traffic Safety
Administration) são: Nissan Sentra (2002-2006), Nissan Pathfinder (2002-2004) e
Infiniti QX4 (2002-2003).
A pergunta que fica sem resposta é:
“Como os proprietários brasileiros, dos veículos envolvidos neste recall, alguns com mais de 20 anos de fabricação, ficarão sabendo desta nova convocação da Nissan, uma vez que, certamente, não devem estar em poder dos compradores originais?”
É de extrema importância que algum órgão ou associação, assuma a responsabilidade de registrar, controlar e divulgar os recalls de produtos comercializados no Brasil, sejam nacionais ou importados, como meio para que consumidores brasileiros tenham uma fonte segura e confiável de consulta sobre produtos defeituosos que podem, inclusive, levá-los à morte!
Belmiro Barrella